António Júlio Pereira Jorge
Nasceu a 27 de Maio de 1961, em Riachos, concelho de Torres Novas.

domingo, 1 de novembro de 2009

20º ANIVERSÁRIO DO MUSEU AGRÍCOLA

O Museu Agrícola de Riachos comemorou no Sábado, dia 24 de Outubro, duas décadas de existência. Foram dezenas de convidados, representantes de colectividades e associações, de forças políticas e autarcas, industriais, artistas e artesãos, estudantes, professores, educadores, e muitos amigos e colaboradores que estiveram presentes na festa de aniversário e encheram por completo o auditório Dr. José Marques, onde se centraram primeiramente as atenções na cerimónia de assinatura da escritura de fusão entre o Museu Agrícola e a Casa Memorial Humberto Delgado, passando esta para a tutela da agora denominada Associação para a Defesa do Património Histórico e Natural da Região de Riachos.

Luis Mota - Director Técnico do Museu


Após a cerimónia de assinatura da escritura, seguiram-se as intervenções previstas: Primeiramente o antropólogo Aurélio Lopes que, marcou a sua presença com uma reflexão sobre as identidades culturais do Ribatejo. A sua investigação. (pode ler documento completo de Aurélio Lopes no final desta mensagem).

Depois foi a vez de Carlos Trincão Marques, presidente da ADPHNRR proferir o seu discurso, seguindo-se João Cardoso, presidente da Junta de Freguesia e Pedro Ferreira, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Torres novas.

João Cardoso, Presidente da Junta de Freguesia de Riachos


Pedro Ferreira, Vice-Presidente da Câmara de T. Novas

Seguiu-se um pequeno apontamento musical pelo grupo “As Camponesas de Riachos” que brindou os presentes com duas cantigas do seu repertório, dando inicio ao convívio gastronómico e cultural no pátio do Museu - espaço de conversa e de novas ideias.

Passando à Galeria das Artes, foi inaugurada uma exposição de pintura da autoria de Natércia Mendes de Almeida, artista-plástica natural de Santarém a residir em Cascais.

Natércia Mendes de Almeida - Pintora


Convívio no Pátio


IDENTIDADES CULTURAIS DO RIBATEJO

(Discurso de Aurélio Lopes, no 20º Aniversário do Museu Agrícola)


Estando o país numa encruzilhada em termos de divisão político-administrativa, em que, face às tentativas algo desajeitadas que se têm sucedido de implementação de modelos regionais mais ou menos incongruentes e esvaziados de poder e competências, se vislumbra uma tendência gradual no sentido da morte anunciada de um Ribatejo que há décadas não possui um lobby político que defenda os seus interesses globais, justifica-se, talvez, uma breve reflexão sobre as identidades culturais do Ribatejo.
Os defensores exacerbados dos valores ribatejanos têm reduzido a sua cultura a um conjunto de arquétipos regionais e, regionalistas, em que os homens ribatejanos são identificados, quase que em exclusivo, a “intrépidos campinos que garbosamente vivem cavalgando a sua liberdade pelas verdejantes lezírias da beira-rio”!!
São estes personagens estereotipados. Não nasceram, não cresceram, não tiveram pais, não têm filhos! Não possuem atributos culturais para lá daqueles que a sua função de assalariado específico determina. Surgiram no mundo já assim configurados, adultos e montados e, assim, haverão de desaparecer. Indómitos e sobre-humanos, guardiões de virtudes seculares! Testemunho vivo das capacidades ancestrais da raça!!
Este cenário, de contornos míticos*, exclui, obviamente, como desnecessários, outros grupos sociais, etários ou sexuais, outras ocupações, profissões, costumes e tradições, formas de estar e de viver.
As mulheres, por exemplo, são reduzidas (como por um qualquer atavismo genético), a meros objectos de sedução, eventuais mecanismos de reprodução! Subservientes, símbolos de submissão, servem assim de contraponto ideal e indispensável ao exaltante padrão masculino, tido como excepcionalmente viril, orgulhoso, temerário e por aí adiante ...*
Na verdade, a caracterização cultural ribatejana tem vivido quase exclusivamente destes arquétipos! E se é verdade que os mesmos têm ajudado a promover turisticamente a Região (e daí a sua popularidade), o saldo final é francamente negativo.
Tal perspectiva, tem (por exemplo) alimentado equívocos particularmente gravosos acerca da diversidade, consistência e importância de uma cultura regional que, ao contrário de outras, se afirma precisamente por complexos sistemas mutacionais e pela dinâmica enriquecedora da heterogeneidade e aculturação.Portanto, na tentativa de levantar um pouco o véu acerca da multifacetada cultura ribatejana (de que este museu constitui memória em grande parte viva) debruçar-nos-emos sobre um conjunto de ideias e reflexões respeitantes a um dos campos determinantes de um qualquer especifismo regional: os traços vivenciais da mentalidade rural e tradicional.
Em primeiro lugar, deve dizer-se que se existe nação neste mundo que apresenta uma indubitável homogeneidade socio-cultural é, sem dúvida, Portugal.
Não uma homogeneidade primeva e original, assente numa dimensão étnica pretensamente genuína, mas uma homogeneidade feita de múltiplas raízes (iberos, celtas, lusitanos, calaicos e afins, romanos, godos e suevos, mouros e negros) fundidos em oito séculos de história e miscegenações étnicas e culturais.Uma homogeneidade feita parte de um todo maior; particularidades de uma certa maneira de ser português.O que nos leva, aliás, à constatação de que somos um povo de caracteres híbridos mas bem definidos, enriquecidos por séculos de fusão e simbiose cultural, assentes numa invulgar diversidade de especificidades locais.
E é precisamente a constatação de que as partes que nos formam não nos separam mas nos unem, que permite, entre nós, uma pacífica e usual valorização das nossas variantes regionais*
.Podemos portanto, partir calmamente para a procura de traços de identidade cultural no Ribatejo.
Proprietários e jornaleiros
E comecemos por esclarecer que é a zona da Borda d’água, aquela em que a matriz cultural do Ribatejo adquire contornos mais específicos e diferenciados de grande parte do resto do país. Ora sendo esta uma sub-região de povoamento relativamente recente, decorrente de políticas de povoamento paralelas à drenagem das terras da bacia do Tejo e sendo a área do Vale do Tejo, grosso modo, uma zona de transição (de passagem dir-se-á) entre o interior remoto e as zonas de crescimento urbano do litoral, se existe, portanto, zona do país em que a ilusão de qualquer coisa como uma pretensa genuinidade étnica (que encontramos ainda, esboçada, num ou noutro regionalista mais entusiasta) constitui um autêntico disparate essa é, concerteza, o Ribatejo. Mas se não existe uma identidade étnica existe, concerteza, uma identidade cultural. Ou se quisermos ser mais precisos, um complexo de identidades culturais que, no seu conjunto, nos marcam com especificidades próprias e peculiares. Ou se quisermos ser ainda mais precisos, marcam essencialmente, desta forma, a zona central do Ribatejo (vulgo lezíria) bem como, de forma menos intensa, áreas adjacentes, pertencentes já à charneca e ao bairro.*
E que identidades são essas afinal?
Marcas vivenciais e comportamentais que se fundam, precisamente, em vivências seculares que um meio ambiente específico, induziu e configurou. Vivências que, as grandes planícies aqui existentes, uma distribuição demográfica particular, repartições fundiárias diferenciadas e relações de trabalho peculiares no contexto do todo nacional, permitiram desenvolver.
Por exemplo, pode dizer-se que tradicionalmente a qualidade mais valorizada do carácter individual do homem do Vale do Tejo era (mais ainda que em qualquer outra região), o apreço dado ao factor capacidade de trabalho*, origem única, para a maior parte das pessoas, do rendimento familiar indispensável à sobrevivência.Aos homens era-lhes exigido que fossem trabalhadores esforçados de “antes quebrar que torcer”.
“Trabalhador” era aqui, aliás, sinónimo de homem do campo de quem se dizia em situações em que o mesmo mantinha cadências infernais cavando o “eito” sem quebras de ritmo, num esforço a raiar o impossível; “Ah, trabalhador d’um raio!”
Ser “um braço de trabalho” é ainda hoje uma expressão largamente divulgada em toda esta área e que reflecte, como outras análogas, o reconhecimento da capacidade de alguns homens, considerados assim como capazes de ter e sustentar família. Tudo isto, num meio profissional em que as tarefas frequentemente desempenhadas em conjunto* (como acontece nos ranchos agrícolas), salientam facilmente as aptidões individuais.
Ter “fama de bom trabalhador” era, afinal, meio caminho andado para garantir na “praça” (instituição que marca uma outra originalidade laboral do Ribatejo) o necessário trabalho semanal. As diferenças de opinião acerca de tal e as rivalidades sobre os interesses em questão levavam, frequentemente, a desentendimentos e rixas em que o “pau”, ex-libris do homem do campo, manejado por braços fortes e mãos calejadas, muitas vezes ditava lei.
Ser um “homem” era, portanto, ser capaz de trabalhar como tal e de ganhar em correspondência!
Mas aqui não bastava ser, era preciso, também, parecer! Não bastava ser bom trabalhador, ou trabalhadora: era preciso apregoá-lo (publicitá-lo, diríamos hoje) salientar tal qualidade face aqueles que com eles competiam, bem como face a potenciais e efectivos empregadores*.
Tal condição impregnava, assim, um carácter de ostentação (ou, se quisermos, a ostentação de um carácter) fundamentado numa vontade férrea mas, igualmente numa desconfiança sistémica e recorrentes individualismos.
Eram, portanto, pessoas afirmativas e algo teimosas, ostensivas e algo vaidosas, necessitadas que estavam de manter os seus níveis de auto-estima sempre elevados.
Das mulheres esperava-se que dos homens se aproximassem em capacidade e resistência. E se as condições físicas fossem insuficientes, que a vontade inquebrável, então, as substituísse. Deviam ser “como um homem para trabalhar”. Para o patrão, concerteza, isso era o ideal principalmente ganhando, como ganhavam, o preço das mulheres!*
Isto, é claro, para lá de tratar das lides domésticas, da “ceia” já noite cerrada, da horta ao domingo se a havia, dos filhos todos os dias, eventualmente de alguns animais de capoeira.
Destas vivências de proletários agrícolas (aquilo a que aqui se chamava “jornaleiros”), emergem famílias cujos papéis sofrem alterações significativas. É que mulheres e jovens (rapazes e raparigas) auferem aqui salários autónomos, facilmente mensuráveis e, às vezes, quase tão elevados como os do chefe de família.
Aqui, ao contrário do que se depreenderia da simples aplicação do mito do homem ribatejano (e se depreende, ainda hoje, de algumas apreciações etnográficas pretensamente sapientes), o papel da mulher é mais marcante socio-profissionalmente. Estas são mais autónomas e reivindicativas, dispostas a liderar situações sociais e comunitárias diversas.
Não é uma inversão social, com certeza. O homem continua a ser o chefe de família e a exprimir de forma muitas vezes pública e violenta esse estatuto. Mas a relação com a mulher e os filhos sofre aqui de caracteres de subversão, expressos familiar e comunitariamente. Digamos que a imposição dessa liderança é, neste caso, aceite menos pacificamente: o “come e cala” de tantas outras zonas do país é aqui, diversas vezes, substituído pelo, mais problemático, come, …e não cala!
São as mulheres do campo, afinal, habituadas a trabalhos duros desde muito novas. Camponesas morenas, de corpo robusto e “pêlo na venta”, de sonoras gargalhadas e língua afiada, temperadas da geada e do calor da lezíria.
É a liberalidade que os imperativos socio-profissionais impõem. Liberalidade que lhes confere uma autonomia que exige, porém, correspondente responsabilização.
É assim um povo consciente de que o futuro é duro e difícil mas se constrói na labuta do dia-a-dia, aquele que, há séculos, aqui habita e trabalha. Etnicamente constituindo, como vimos, uma súmula dos diversos tipos humanos (remotos e recentes) que para aqui vieram em fases diferentes de um processo de povoamento continuado. É, na verdade, culturalmente que ele se define; pelas contingências de uma vivência de alguma forma singular no multifacetado contexto nacional.
Na verdade, esta é uma Região em que o êxito profissional é alcançado quase só em termos individuais. É o indivíduo, seja homem ou mulher, que é bom ou mau trabalhador e não o grupo de trabalho, de constituição volátil e que é visto como uma súmula de esforços individuais. Para além disso cada um é, em grande parte, um potencial rival no mercado de trabalho!
Também os ritos de passagem à idade adulta adquirem, aqui, singulares caracteres.
Ao contrário doutras zonas do norte do país em que as “sortes”, só por si, marcam uma mudança efectiva de estatuto, aqui a prova crucial de maturidade é, na verdade, expressa pelo preço obtido pelo jovem no mercado local de trabalho. Aí, a sua capacidade é permanentemente avaliada e indispensável para vir, como se referiu, a ganhar o “preço dos homens”* ou “das mulheres”.
Na zona da lezíria as povoações possuem normalmente limites socio-profissionais que não coincidem necessariamente com os limites administrativos vigentes, já que aqueles se entrecruzam com os das aldeias vizinhas com cujos habitantes trabalham muitas vezes em comum. Deste modo também a endogamia se exerce, aqui, de forma menos vincada, embora os casamentos intra-comunitários continuassem a ser os mais usuais e, fosse normal, por exemplo, o desencadear de incidentes de rivalidade amorosa nos bailes das sociedades recreativas ou outros afins, principalmente se da parte dos forasteiros transparecesse qualquer atitude de desafio ou ostentação.
Algumas vezes, principalmente nas povoações que se situam próximo dos centros urbanos, as rivalidades inter-classistas internas personalizando-se nos antagonismos camponeses/operários (leia-se trabalhadores do campo versus trabalhadores dos sectores secundários e terceários) suplantavam nitidamente a perspectiva interna/externa assumida, de facto, de forma menos radical.
Diferentes são, igualmente, as relações destas gentes com a religião institucional. A imagem da Igreja está aqui, desde sempre, ligada às suas relações privilegiadas com as classes superiores, proprietários e lavradores principalmente que, com o padre, constituem os os notáveis locais e que se expressavam, por exemplo, na existência de capelas privadas onde se efectuavam missas particulares destinadas aos senhores e à criadagem da herdades.
E se é verdade que as devoções geraram um pouco por todo o Ribatejo, romarias de grande popularidade, a função sacerdotal de intermediário oficioso com a divindade, foi sempre olhada, aqui, com particular desconfiança.
Este é claramente um dos aspectos que mais marcam a especificidade cultural nesta região. Aliás a ligação mística à terra (aqui distante e indirecta) parece constituir um dos factores que mais influenciam o carácter religioso de uma qualquer população rural, que vê nesta, e na sua maior ou menor magnânima fertilidade o resultado directo ou indirecto da intervenção divina*.
Ora, em áreas em que a produtividade da terra não se reflecte, imediata e necessariamente, na situação económica sempre difícil da maioria dos trabalhadores, e os salários obtidos na “praça” obedecem mais a correlações de força e aos imperativos sempre presentes da oferta/procura, a conexão com a essência mística da terra-mãe (arquétipo de fertilidade e paradigma de valências telúricas) é, não só indirecta, como desfasada no tempo, apresentando-se ainda como exterior (e de alguma forma indiferente), à qualidade de vida de cada um.
Contudo, romarias sustentadas por devoções individuais, pululavam em tempos idos pelo Ribatejo. Essencialmente ligadas a valências da natureza de que participam humanos, animais e plantas, tendendo todos eles a impregnar-se de uma evanescente fertilidade.
Fertilidade que envolve os seus rituais da simbologia do pão e a sua configuração de enfeites florais, ramagens e frutos, qualidade ainda hoje tão marcante em festas como a dos Tabuleiros em Tomar (uma antiga festa do Espírito Santo) ou a Festa da Senhora da Boa Viagem em Constância; uma antiga festa da consagração dos barcos que faziam, no Tejo, o transporte de pessoas e mercadorias.
E se as festas comunitárias não tinham no Vale do Tejo a importância doutras zonas do país, todas as safras, todas as grandes tarefas agrícolas colectivas, terminavam obrigatória e invariavelmente em festivas e garridas “adiafas”; feitas de comeres, cantares e dançares.
Conclusão
Poder-se-á dizer, em suma, que esta é uma Região habitada por homens e mulheres habituados a viver com austeridade e a trabalhar, duramente, por necessidade. Homens e mulheres moldados ao jeito do sol da lezíria e da imensidão perene dos campos da Borda d'água!
Uma gente cuja filosofia de vida se desenvolve entre dois extremos que as contingências sociais obrigam: desde uma incorrigível ostentação (algumas vezes a raiar a bravata), como mecanismo indispensável de afirmação laboral, até uma não menos necessária subserviência, em público, face ao patrão ou aos capatazes, garantes do trabalho, tantas vezes escasso.
Um meio social em que a extrema hierarquização social, suportada fundiariamente, despoleta, desde há séculos, tensões sociais várias entre os donos da terra e as grandes massas de trabalhadores braçais. Tensões a que os tempos modernos conferiram um enquadramento ideológico, ainda hoje facilmente visível*. Aqui, a alimentação, era simples e austera. Os divertimentos, rudimentares e de carácter local. A relação com as instituições (civis e religiosas), problemáticas e muitas vezes conflituosas. O vestuário, sempre do pano mais grosseiro e durável. A reutilização de todos os artefactos, uma constante. A reciclagem do vestuário, necessidade indispensável.
A psicologia social é dualista e determinista. O auto-elogio público e ostensivo, imprescindível lugar-comum. Aqui cada um é visto, em grande parte, como alguém que a si próprio se fez!
O comunitarismo é entendido em termos horizontais; englobando essencialmente os grupos de trabalhadores do campo. As relações com as outras classes sociais, operários ou burgueses, geradoras de conflitos e antagonismos.
As coisas da Igreja são-lhes muitas vezes exteriores e alheias. Coisas de ricos que têm muito a perder, a começar pelo tempo.
Gente que vivia da terra; dos rendimentos provenientes da posse da mesma ou do simples aluguer, “à jorna”, da sua força de trabalho. Usufrutos diferentes numa sociedade fortemente hierarquizada entre ricos e pobres, com alguns, poucos, remediados. Todos, contudo, directa ou indirectamente vivendo dos frutos da terra: desta terra da borda-d'água, ao contrário dos homens, sempre generosa e magnânima!
São, assim, marcas sociais e culturais: expressões de formas de estar e de viver, que fazem do ribatejano (homem e mulher) alguém que se afirma pelas particularidades dos seus caracteres, pelas qualidades e valores que encarna e professa.
Não, necessariamente, melhores ou piores que os homens e mulheres das outras regiões! Apenas diferentes!Diferenças que a globalidade e o diluir da ruralidade vão tornando menos nítidas!
Mas que mesmo assim, são ainda visíveis, como traço de identidade, aqui e além, um pouco por todo o Ribatejo!

Aurélio Lopes

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